Diplomatas buscam investimentos para áreas de conservação

Um grupo de cinco embaixadores moçambicanos recentemente nomeados pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, vai promover oportunidades de investimentos nas áreas de conservação nacionais.
Esta garantia foi dada terça-feira, 10 de Julho, à Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC) durante uma visita de cortesia que efectuaram à instituição com o objectivo de inteirar-se do seu funcionamento e obter informação sobre o assunto.
Trata-se de Faizal Cassam, Berta Cossa, Tiago Castigo, Gamiliel Munguambe e Alberto Augusto a representarem o país junto da Arábia Saudita, Bélgica e Holanda, Emiratos Árabes Unidos, Brasil e França respectivamente.
Os diplomatas afirmaram que a informação fornecida pela ANAC irá servir como base para o seu trabalho de busca de empresários interessados em investir no desenvolvimento de infra-estruturas turísticas nos parques e reservas e de parceiros para uma possível cooperação institucional e de troca de experiências sobre diversos assuntos ligados à conservação da biodiversidade.
O embaixador Gamiliel Munguambe disse ter ficado impressionado com a qualidade da informação fornecida.
“Considerando que Brasil é um país com muita experiência em conservação, acreditamos que existirá espaço para uma maior interacção com instituições nacionais que trabalham nesta área de conservação da biodiversidade”, concluiu.
Por seu turno, Berta Cossa disse que “o desafio, como embaixadores, é de continuar a promover as potencialidades que temos e, ao mesmo tempo, convidar aos potenciais investidores para impulsionarem o desenvolvimento do turismo com base naquilo que a natureza nos oferece”.
O director geral da ANAC, Mateus Mutemba, falou, na ocasião, das oportunidades existentes nas diversas áreas de conservação para a co-gestão, assim como para o investimento no turismo baseado na natureza.
Os parques nacionais de Banhine, Mágoe, Quirimbas e as reservas nacionais de Chimanimani e Marromeu, assim como a Área de Protecção Ambiental das Ilhas Primeiras e Segundas estão à procura de parceiros com experiência em conservação para ajudarem a restaurar a biodiversidade, melhorar as infra-estruturas de gestão e desenvolver programas comunitários de geração de renda das comunidades para reduzir a pressão sobre os recursos naturais.
No que diz respeito ao turismo, Mutemba mencionou os parques nacionais do Arquipélago do Bazaruto, Gorongosa, Limpopo, Zinave e as reservas nacionais de Chimanimani, Niassa e Especial de Maputo como tendo enorme potencial, estando abertas a investimento para a construção de logdes, acampamentos e colocar, em alguns casos, meios circulantes marinhos, como cruzeiros para o transporte de turistas.
As áreas de conservação ocupam cerca de 18.5 milhões de hectares, que correspondem a cerca de 25 por cento do território nacional. Dentre várias actividades que o governo está a desenvolver para assegurar a restauração da sua biodiversidade, destaca-se a introdução de animais. Só este ano já foram introduzida mais de uma centena de animais como elefantes, zebras e bois-cavalo provenientes da vizinha África do Sul.