Incêndio controlado na Reserva Especial de Maputo

O incêndio que ocorreu na passada segunda-feira, com alguns focos no dia seguinte, já está sob controlo na Reserva Especial de Maputo (REM). A queimada deflagrou perto da estrada que liga a cidade de Maputo com a vila da Ponta do Ouro.
De acordo com o administrador da reserva, Miguel Gonçalves, o incêndio, cujas causas ainda não são conhecidas, não provocou incidentes na fauna bravia.
Estima-se em cerca de seiscentos hectares a área atingida pelas chamas, no entanto, Gonçalves deu garantias de que o incidente não vai comprometer o curso normal das actividades de gestão da fauna, nem do turismo que é praticado naquela área de conservação.
As queimadas são um fenómeno que ocorre anualmente por todo o país, com maior destaque nesta altura seca do ano. As origens são diversas e incluem a abertura de machambas, abertura de novas pastagens para o gado, caça furtiva, descuidos na gestão de pequenas fogueiras, entre outros.
De acordo com as análises realizadas pelo MITADER, os registos evidenciam uma redução notável dos níveis de queimadas na REM, em comparação com os anos passados.
Esta redução resulta de um trabalho contínuo de sensibilização que a reserva tem estado a fazer junto das comunidades que habitam as paisagens circundantes, assim como de um aumento dos esforços de fiscalização.
O fogo possui uma função ecológica importante na saúde da vegetação da reserva, contudo, as queimadas precisam ser geridas de forma a manter uma frequência e intensidade adequadas. Com a contínua colaboração de todos, a reserva espera conseguir manter saudáveis os seus habitats e atingir os seus objectivos de gestão.
Criada em 1960, com extensão de 1040 quilómetros quadrados, a Reserva Especial de Maputo possui uma paisagem natural com florestas, pântanos e dunas. Entre as espécies faunísticas que ela alberga destacam-se elefantes, zebras, hipopótamos, crocodilos e uma variedade de antílopes e aves.